Escuto todo dia idiotas se achando “gostosos”, se chamando de “cafajestes conquistadores”, contando quem comeram ou vão comer, mulheres casadas que pegaram, otários que tiraram de tempo e por aí vai. Todos crianças com mais de 25 anos e com muito papo, mas pouca ação, que não conseguem engatar uma relação duradoura com ninguém acima dos 16 anos, mentem a torto e a direito e ainda contam vantagem.
Para eles, que sabem perfeitamente quem NÃO são, dedico este post.
I – REGRAS BÁSICAS DE CONDUTA DO BOM CAFAJESTE:
1 – O bom cafajeste não mente por esporte, apenas em caso de necessidade extrema*. No mais, limita-se à omissão;
2 – O bom cafajeste nunca, jamais e em tempo algum, jura amor eterno ou fidelidade. Se você precisa dizer “te amo”, “faço tudo por você”, “mudo de vida”, “largo tudo por você” e afins, para convencer uma mulher a ir pra cama, você é um idiota;
3 – O bom cafajeste nunca alardeia suas conquistas. Quem come calado come duas vezes;
4 – O bom cafajeste é escravo das mulheres, e não seu senhor;
5 – As mulheres sempre sabem que o bom cafajeste está sendo exatamente o que ele é: cafajeste;
6 – O bom cafajeste nunca trata mal uma mulher;
7 – Conquistar mulheres fáceis, do tipo que fica com qualquer um, não tem a menor graça. Coisa de amador;
8 – “Case comigo”, “Você é minha noiva”, “Gosto de você há anos, você que nunca percebeu”, e afins, não fazem parte do vocabulário cafajestiano. Recurso de criança;
9 – Mulher tem que ser, antes de tudo, inteligente. As idiotas ficam para os “conquistadores”;
10 – O bom cafajeste nunca caça em bandos, nunca ataca em locais públicos, e nega até à morte qualquer suposição em contrário.
* Casos de necessidade extrema: Negar uma “traição”, seja para a ficante/namorada/esposa ou para o corno da vez...
II – EXPLICAÇÕES GERAIS:
Antes de ser linchado pelas feministas de plantão, ou pelos “conquistadores”, deixo aqui o conceito do bom cafajeste.
O bom cafajeste é o cara que tem carisma, e sabe usá-lo. Apaixonado pela conquista, dificilmente resiste à paquera e a relações onde haja prazer físico e intelectual mútuo. Perceba-se, porém, que o bom cafajeste foge ao estereótipo do “namorado/marido/traidor/galinha”, uma vez que sempre deixa claro que é cafajeste, que tem propensão à “traição” (conceito que considera mal empregado), não jura amor eterno ou fidelidade, e é sempre, acima de tudo, discreto. A mulher que se relaciona com um indivíduo dessa categoria, quando fugazmente, tem em geral uma relação curta e extremamente prazerosa. Numa relação longa, esta sabe o que esperar do seu parceiro, e dificilmente fica sabendo de algo que a faça sofrer.
Fique claro também que o bom cafajeste, quando comprometido, nunca “trai” por esporte, não fica com qualquer uma nem sai de casa à procura de prazer vazio ou freqüente. A relação extra-conjugal, para o bom cafajeste, só pode existir quando há paixão real, não por mera atração física, e nunca por alguém intelectualmente inferir à sua parceira regular. É um acaso que ele não procura, mas com o qual, ao se deparar, não foge jamais.
Em linhas gerais, o bom cafajeste se diferencia do “gostosão”, do “conquistador/contador de vantagem” e do simples “homo safadus” por assumir sua cafajestice, mas ser ao mesmo tempo romântico, sensível, tratar bem todas as mulheres e nunca mentir para conquistar...
Pronto. Podem me linchar agora.