Mentiras Autobiográficas

Apanhado das mais sinceras mentiras já contadas em uma vida que pode ter sido inventada por alguém sem muito o que fazer...

Monday, January 29, 2007

Hoje não tem comédia, não tem estorinha, não tem revolta, nem a habitual mentira de sempre, que tanta gente insiste em tomar por verdade e se ofender/magoar/sentir traído. Tou sem paciência.

Trabalhei pra caralho hoje, estou sem sono, são quase 03:00h da manhã e eu só penso em como queria não estar aqui. Não sei onde queria estar. Nem porque não quero estar aqui. Só sei que quero algo que não sei o que é. Saco cheio de computador blog, televisão, orkut, msn, vodca, cigarro, poesia, gente, bicho, deus, diabo e sei lá mais o quê.

SACO CHEIO DE MIM!!!!!!!!!!

Acordar só, dormir só. Independente, solteiro, metido a gostoso. Babaca. Nem todo vinho do mundo, nem todos os livros ou dvd’s “intelectualóides” podem me fazer achar que sou algo mais do que uma criança chorona, perdida e assustada, simplesmente porque estou chegando aos 30 e não sei que porra eu quero da minha vida.

Andei pensando em fugir. Botar uma mochila nas costas e procurar outro lugar, começar do zero, arranjar emprego de gari, garoto de programa ou seja lá o que for, mas sei que não ia resolver meu problema. Logo a sombra voltaria a me perseguir, a claustrofobia a céu aberto recomeçaria, os ataques de pânico, insegurança e imaturidade. Por mais longe que eu vá, não posso fugir de mim, e meu maior problema sou eu.

Sem mais para o momento...

Saturday, January 27, 2007

Pra tirar o encosto...

Corpo Fechado
Alcione

Ajoelhei no congá pra te esquecer
Acendi vela pra Deus me iluminar
Fui na Bahia fazer um canjerê
Num cortejo de fé andei no mar

Nem te conto as bocadas que zuei
Com tanta promessa de dor pra cumprir
Entre umas e outras eu fumei
Me entoquei, num cafofo em Acari

Na cachoeira de noite, me banhei
Pra lavar teu perfume barato, que ficou
Nem sei mais quantas bocas beijei
Em quantas madrugas molhei meu cobertor
Ainda bem que vovó saravô

Ainda bem que vovó saravô
Minha vó é show de bola
Aprendeu lá em Angola
Encontrou meu corpo aberto e fechou

Ainda bem que vovó saravô
Ainda bem que vovó saravô
Minha vó é show de bola
Aprendeu lá em Angola
Encontrou meu corpo aberto e fechou

Não tô mais na tua cola
Tirei meu pé da argola
Não tem caô

Friday, January 26, 2007

Não é a mamãe...

Toda mulher quer ser mãe. Principalmente às inteligentes-emancipadas-sexualmenteagressivas.
O problemas é que essas últimas querem ser mães, mas não querem ter filhos. Sobra pro namorado, pro marido, pro amante, pro estagiário, pro entregador de pizza...

Wednesday, January 17, 2007

Manual prático de bom-cafajestismo...

Escuto todo dia idiotas se achando “gostosos”, se chamando de “cafajestes conquistadores”, contando quem comeram ou vão comer, mulheres casadas que pegaram, otários que tiraram de tempo e por aí vai. Todos crianças com mais de 25 anos e com muito papo, mas pouca ação, que não conseguem engatar uma relação duradoura com ninguém acima dos 16 anos, mentem a torto e a direito e ainda contam vantagem.

Para eles, que sabem perfeitamente quem NÃO são, dedico este post.

I – REGRAS BÁSICAS DE CONDUTA DO BOM CAFAJESTE:

1 – O bom cafajeste não mente por esporte, apenas em caso de necessidade extrema*. No mais, limita-se à omissão;

2 – O bom cafajeste nunca, jamais e em tempo algum, jura amor eterno ou fidelidade. Se você precisa dizer “te amo”, “faço tudo por você”, “mudo de vida”, “largo tudo por você” e afins, para convencer uma mulher a ir pra cama, você é um idiota;

3 – O bom cafajeste nunca alardeia suas conquistas. Quem come calado come duas vezes;

4 – O bom cafajeste é escravo das mulheres, e não seu senhor;

5 – As mulheres sempre sabem que o bom cafajeste está sendo exatamente o que ele é: cafajeste;

6 – O bom cafajeste nunca trata mal uma mulher;

7 – Conquistar mulheres fáceis, do tipo que fica com qualquer um, não tem a menor graça. Coisa de amador;

8 – “Case comigo”, “Você é minha noiva”, “Gosto de você há anos, você que nunca percebeu”, e afins, não fazem parte do vocabulário cafajestiano. Recurso de criança;

9 – Mulher tem que ser, antes de tudo, inteligente. As idiotas ficam para os “conquistadores”;

10 – O bom cafajeste nunca caça em bandos, nunca ataca em locais públicos, e nega até à morte qualquer suposição em contrário.

* Casos de necessidade extrema: Negar uma “traição”, seja para a ficante/namorada/esposa ou para o corno da vez...


II – EXPLICAÇÕES GERAIS:

Antes de ser linchado pelas feministas de plantão, ou pelos “conquistadores”, deixo aqui o conceito do bom cafajeste.

O bom cafajeste é o cara que tem carisma, e sabe usá-lo. Apaixonado pela conquista, dificilmente resiste à paquera e a relações onde haja prazer físico e intelectual mútuo. Perceba-se, porém, que o bom cafajeste foge ao estereótipo do “namorado/marido/traidor/galinha”, uma vez que sempre deixa claro que é cafajeste, que tem propensão à “traição” (conceito que considera mal empregado), não jura amor eterno ou fidelidade, e é sempre, acima de tudo, discreto. A mulher que se relaciona com um indivíduo dessa categoria, quando fugazmente, tem em geral uma relação curta e extremamente prazerosa. Numa relação longa, esta sabe o que esperar do seu parceiro, e dificilmente fica sabendo de algo que a faça sofrer.

Fique claro também que o bom cafajeste, quando comprometido, nunca “trai” por esporte, não fica com qualquer uma nem sai de casa à procura de prazer vazio ou freqüente. A relação extra-conjugal, para o bom cafajeste, só pode existir quando há paixão real, não por mera atração física, e nunca por alguém intelectualmente inferir à sua parceira regular. É um acaso que ele não procura, mas com o qual, ao se deparar, não foge jamais.

Em linhas gerais, o bom cafajeste se diferencia do “gostosão”, do “conquistador/contador de vantagem” e do simples “homo safadus” por assumir sua cafajestice, mas ser ao mesmo tempo romântico, sensível, tratar bem todas as mulheres e nunca mentir para conquistar...

Pronto. Podem me linchar agora.

Saturday, January 13, 2007

Lost (promo) Terceira temporada...

Fevereiro está aí, e com ele o evento mais esperado do ano.

Não, não é o carnaval.

Falo do início da segunda fase da terceira temporada de Lost, seriado que vem conquistando fãs em todo o mundo graças à sua instigante combinação de mistério, ação, sentimento e questionamentos "filosóficos". Já surgiram várias teorias desde o início da série, para explicar os mistérios da ilha, e a ligação entre os sobreviventes do desastre aéreo e os misteriosos "outros" que já estavam na ilha. Reviravoltas, traições, flashbacks contando a história de cada personagem e um monstro misterioso, bem como o carisma dos protagonistas Jack, Locke, Katie, Sawier e Hurley, prendem a atenção do telespectador como há muito uma série não fazia.

Exibida no Brasil pelo canal pago AXN e pela Rede Globo, a série ganhou, em sua terceira temporada, o reforço do brasileiro Rodrigo Santoro, no papel de Paulo, mais um sobrevivente do desastre com o vôo 815, e assumiu contornos ainda mais dramáticos com a morte de Mr. Eko pelas mãos do monstro de fumaça negra.

Para quem não assistiu, e não entendeu lhufas do que estou falando, recomendo que alugue e assista o mais rápido possível as duas primeiras temporadas, e procure os primeiros episódios da terceira na net, para download. Vale a pena.

Dicas, teorias e links para download, bem como novidades atualizadas dia a dia podem ser encontrados na comunidade Lost, no orkut, e no blog http://dudewearelost.blogspot.com/

Aos Lostmaníacos de carteirinha, preparem as unhas, e o coração, que a hora está chegando...

P.S.: A Rede Globo só exibiu a primeira temporada. A segunda está prevista para o segundo semestre desse ano, e a terceira só em 2008.

Monday, January 08, 2007

Falai por mim, Belchior!

"Tenho sangrado demais,
Tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro..."

Saturday, January 06, 2007

Se beber, não digite (nem leia)...


A internet é a mãe dos solitários, dos desajustados e dos desocupados. Aqui pode-se encontrar de tudo, desde pornografia variada ao vídeo da execução de Saddam. Para quem vive só, como eu, é a companheira inseparável de momentos tristes e alegres. Para quem mente, inventa histórias ou gosta de contar as alheias como sendo suas, coisa que também faço, melhor ferramenta não há.
Pergunto-me, no entanto, se não há sempre uma perda de identidade decorrente do uso da rede como escape, substituto de uma vida social, de paixões e mesmo de personalidade. É fácil descrever situações, contar histórias e "viver intensamente" quando não se tem rosto ou voz. Fácil ser criativo na era do Ctrl+C Ctrl+V. Fácil ser herói, bandido, cafajeste, poeta, gênio incompreendido, corno triste ou D. Juan, quando se sabe que a contestação dos "fatos" expostos é no mínimo inviável.
Pode-se levar a sério o que se lê na internet? Hoje acredito que grande parte do que se expõe aqui não merece crédito, devendo ser encarado como passatempo de quem não tem coisa melhor para fazer.
Logicamente existe um grande conteúdo, mesmo o mentiroso, que pode ser útil, educativo e fonte de bom entretenimento. De todo mal se extrai algum bem e vice-versa. As horas gastas na frente de um computador, seja lendo ou escrevendo, batendo papo ou trabalhando, sempre podem proporcionar conhecimento, do mundo e de nós mesmos.
Critério, entendimento e um pouco mais de inteligência no manuseio dessa "arma". Eis o que nos falta...

Tuesday, January 02, 2007

01/01/07

Meu Mastercard estourou. Meu Visa também. A Oi me mandou cobrança, a empresa negou minhas férias e meu 13º salário veio com o desconto de um empréstimo que não fiz. Meu vizinho da frente reclamou do barulho no natal, meu reveillon dos sonhos na praia foi uma merda e a patricinha linda e burra aqui do lado apareceu com um namorado que até então eu não sabia existir. Briguei com a Pri, a única que me compreendia, a faculdade tá um saco e eu não consigo terminar de ler aquele livro que ganhei do "meu amigo" (Não que eu quisesse, mas dada a situação, e minha depressão latente...). Não pulo do 5º porque sei que sobreviveria e passaria o resto dos meus dias numa cadeira de rodas e urinando numa bolsa de plástico.
Analisando de maneira racional: FOOOOOOOODA-SE.
Bons augúrios pra 2007...

A última de 2006

Reveillon na praia, show de "artistas famosos", eu, a solidão das multidões e o meu amigo Johnnye Black Label. Tudo parecia perfeito. Iniciar minha nova vida de solteiro numa praia cheia de lindas mulheres vestidas de branco querendo começar 2007 com uma nova paixão. Mas, durante uma ida ao estacionamento para aquele velho ritual masculino de urinar entre os carros, abrem-se as portas de um familiar **** ** preto e quem desce e se aproxima de mim, flutuando em salto-agulha?? Ninguém mais ninguém menos que Ella, senhoras e senhores. Para meu eterno ódio, linda como sempre. Cabelo comprido agora (depois de 07 meses, só um asno esperaria que eles não crescessem, né?), e o seu lindo namorado engomadinho do lado. Sorrisos desconfiados de ambas as partes, Ella se aproxima e me cumprimenta. Abraço, beijinho e amenidades. Poderia ter parado por aí, mas Ella, educadamente fez questão de me apresentar o namorado. Infelizmente para mim, o cara é educado, boa pinta e bom papo. Agüentei o quanto pude, inventei uma desculpa e saí pela tangente. Voltei arrasado pro hotel, como qualquer escritor sem classe faria, e fui chorar pitombas abraçado ao amigo copo.
Saldo da noite: Choro, sentimento de inadequação, masturbação furiosa e cheia de culpa e uma puuuuuuta de uma ressaca no day after. Algumas pessoas não aprendem nunca. No dia seguinte ainda mandei uma mensagem pra Ella (não sei ser só "meio idiota") dizendo que tinha sido um prazer revê-la.
Feliz ano novo...