Mentiras Autobiográficas

Apanhado das mais sinceras mentiras já contadas em uma vida que pode ter sido inventada por alguém sem muito o que fazer...

Friday, December 29, 2006

Vivendo do passado

Bebendo minha vodca com uns amigos, e assistindo dvds de Jimi Hendrix, Deep Purple e Jethro Tull.
Meu Deus, meu bom Deus cristão, heterossexual, sulista e ariano, onde está a música da nossa geração? Só lixo hoje...
Democraticamente, foda-se quem discordar!!!

Thursday, December 28, 2006

Infeliz ano velho

Agora que o ano novo bate à porta, fica aquele ranço na boca. Fica aquela sensação de muito por fazer, de decepção talvez. Sobra o gosto dos amores mal vividos, e dos não. Das paixões, dos desejos suprimidos. A gente pensa que sabe o que fez, e o que fazer. Pensa que o passado é uma lição, quando na verdade é só um período da vida, que estamos fadados a repetir, idiotas que somos. Há livros por ler, poemas pra escrever, amores a conquistar, outros a esquecer. Papai Noel não vem, à essa altura do campeonato, e alguns sonhos murcham feito maracujá velho. A melancolia é inevitável, mas aprendi a não esperar muito, seja velho ou novo o ano...
Infeliz ano velho pra você também...

Wednesday, December 27, 2006

Para Ella...

Você Passa Eu Acho Graça
Composição: Carlos Imperial/Ataulfo Alves

Quis você pra meu amor
E você não entendeu
Quis fazer você a flor
De um jardim somente meu
Quis lhe dar toda ternura
Que havia dentro em mim
Você foi a criatura
Que me fez tão triste assim
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Ah, e agora, você passa,
eu acho graça
Nessa vida tudo passa
E você também passou
Entre as flores,
Você era a mais bela
Minha rosa amarela
Que desfolhou, perdeu a cor
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Tanta volta o mundo dá
Nesse mundo eu já rodei
Voltei ao mesmo lugar
Onde um dia eu encontrei
Minha musa, minha lira,
Minha doce inspiração
Seu amor foi a mentira
Que quebrou meu violão
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Ah, e agora, você passa,
Eu acho graça
Nessa vida tudo passa
E você também passou
Entre as flores,
Você era a mais bela
Minha rosa amarela
Que desfolhou, perdeu a cor
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Seu jogo é carta marcada
Me enganei, nem sei porquê
Sem saber que eu era nada
Fiz meu tudo de você
Pra você fui aventura
Você foi minha ilusão
Nosso amor foi uma jura
Que morreu sem oração
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Ah, e agora, você passa,
Eu acho graça
Nessa vida tudo passa
E você também passou
Entre as flores,
Você era a mais bela
Minha rosa amarela
Que desfolhou, perdeu a cor

Friday, December 22, 2006

oops, i did shit again...

Tenho que admitir: que bela merda!!
02:00h da manhã, a cara cheia de uísque, e eu tinha que ligar justo pra Ella (um dia escrevo um tópico inteiro sobre Ella). Ligar pra qualquer pessoa às 02:00h é chato, mas ligar pra Ella é suicídio. É sacrificar o que eu ainda fingia ter de auto-estima e amor próprio. Tá certo que Ella não atendeu, mas isso melhora alguma coisa? A resposta é um sonoro e fodido NÃO. Fica o babaca que mora no meu peito se perguntando se Ella não atendeu porque não quis, ou estava dormindo, ou pior, se estava com alguém (como nas inúmeras vezes em que alguém ligou pra Ella às 02:00h da manhã e eu estava a seu lado na cama...). Além do mais, de um jeito ou de outro, está lá, registrada no celular d'Ella a prova irrefutável do meu crime, da minha idiotice, da minha falta de caráter.
Só com mais uísque pra digerir.
02:00h da manhã. Que bela merda!!

Monday, December 18, 2006

Abusado...

Mais de meia-noite. Ainda restam três cervejas, mas só um cigarro. Apropriado dizer que já tomei 09 latinhas, e fumei 19 hollywoods mentolados. E hoje ainda é segunda-feira...
O problema é que tenho um emprego de merda com um chefe de merda e colegas de merda. Tenho uma namorada e várias namoradas. Tenho baixa auto-estima e sei que sou um cafajeste extremamente charmoso. Tenho uma relação mal resolvida com a poesia e a arte em geral. E segue a roda do carma.
Relacionamentos pendentes, dores de corno e de Don Juan, dívidas, dúvidas, muito sexo e hobyes pouco ortodoxos, como se ser um anormal fose a coisa mais normal do mundo. Errados são os outros, claro.
Ontem um adolescente me pediu um trocado na mesa do bar logo quando eu rabiscava um poema na porra do guardanapo de papel. Perdi a linha de raciocínio e a compostura. O desgraçado era mais novo que eu, e acha que tem direito de me incomodar porque eu tenho grana pra tomar minha cerveja num domingo a noite? FOOOOOOOODA-SE. Trabalho pra isso, não peço nada a nínguém. E se pedisse teria classe, não um "moço por favor me ajude tenho irmão doente e num posso trabalhar". Ah, me poupe. Final de ano, natal, tudo isso me deixa abusado e totalmente anti-cristão e toda essa baboseira de cinismo e hipocrisia comercial.
E tenho dito...

Tuesday, December 05, 2006

MAIS UMA QUE INVENTEI...

Encontrei um anjo, que me deu novos olhos, e me diz coisas sobre a vida e a beleza de simplesmente ser.
Recuperei algo de mim, do sono que perdi, da verdade à qual sempre fugi, do sonho que jamais sonhei.
Reguei com seu sorriso o terreno árido do meu coração mar morto, e até na morte de alguns peixinhos nos vimos tão iguais, distantemente perto.
Beijei a sua mão, despi a suas asas. E por velar seu sono, descobri-me talvez até meio inocente.
Acreditei, por tal anjo, que talvez seja possível criar raízes sem estar preso, e voar sem ter que deixar tudo para trás.
Escrevi coisas que até eu achei sinceras, por não ousar tentar mentir para um anjo.
Embriaguei-me na sobriedade das idéias mais banais, do riso espontâneo, dos segredos trocados, do carinho gratuito.
Enfim, encontrei um anjo, e a felicidade desse encontro me assusta, pois um velho poeta mentiroso não pode querer conversar com anjos impunemente, e acreditar que a vida pode ser assim tão leve, tão Bella.
Acho que inventei mais uma...