Que merda!

A verdade é que eu ainda a amo. Quero que ela se foda, vá pra puta que pariu. Não quero vê-la nem recoberta no mais puro ouro e cravejada de diamantes. Fico doente cada vez que penso nela, sempre que lembro daquela relação que parecia tão perfeita e terminou da maneira mais ridícula possível, apenas porque ela foi incapaz de admitir que nunca se apaixonou realmente por mim.
Azar meu.
Ela está vivendo numa boa, nem lembra que o babaca aqui existe. Eu continuo minha ilusão de vida perfeita, sem graça ou paixão. Bloqueio o msn dela, fujo do orkut, não abro e-mails, não ouço determinadas músicas e à noite choro feito criança, mordendo o lençol e engolindo os soluços.
Queria que ela morresse, sumisse da face da terra, saísse da minha cabeça, deixasse de existir, se ferrasse e tudo que se pode desejar de ruim a uma pessoa.
Porque a verdade é que eu ainda a amo...

A primeira mentira...

A primeira mentira a gente nunca esquece. 8 anos de idade, jarro quebrado. Foi a empregada, lógico. Depois vai aumentando. Professora, tenho que ir para casa, estou com muita dor de cabeça. Claro que fiquei com aquela menina. Não senhor, eu fiz o relatório, acho que o computador deu pau na hora de salvar. Eu te amo como jamais amei outra mulher antes. E por aí vai...

O maior dos mentirosos é aquele que jura sinceridade irrestrita.

Eu minto sim, não sei se muito ou pouco. Não sei se isso me torna uma pessoa má. Sei que não tento mentir pra mim mesmo dizendo que tudo que faço tem uma razão justa. Minto pra levar vantagem. Minto quando me convém. Minto sem necessidade. Já menti pra conquistar alguém, já menti pra maltratar alguém. Já menti pra pessoas que amava muito. Já menti pra estranhos.

Não me importa o julgamento que farão de mim. Sou humano. Sou fraco. Sou igual a você, que agora lê este texto, e se pergunta talvez se eu sou mesmo um mentiroso tão sincero, ou se minto aqui para chamar a atenção ou seja lá por qual outra razão que possa te fazer sentido.

Sou igual a cada um de vocês, mentirosos.

Vocês teriam coragem de encarar essa verdade em vocês...?