Mais uma vez acordei sozinho.
Nem sei porque desci pra rua com minha câmera na mão, tirei fotos ao acaso, parei num boteco, tomei umas cervejas e voltei pra casa.
A minha geração, recém chegada aos 30 e poucos, me parece tão vazia. Os solteiros como eu não tem muito o que contar, os casados contam problemas. Comprei um home theater e troquei o celular, como se consumir eletrônicos substituísse o sexo e o amor próprio que andam me faltando. O trabalho continua uma merda, meu chefe continua um babaca e me sobra vontade de comprar uma arma e matar um monte de gente, tipo TIROS EM COLUMBINE, mas odeio sangue.
Passei uns dias com uma menina da argentina, mas ela tinha um sotaque irritante e trepava muito mal. Mandei pastar. Quanto mais tempo passo só, mais exigente fico. Ou seria o contrário?
Amanhã vou viajar a serviço, ver umas contas com um possível cliente. Já estou vendo uma viagem ruim, mas nem sou peru pra sofrer de véspera. Na volta conto tudo. Ou nada, sei lá...