Mentiras Autobiográficas

Apanhado das mais sinceras mentiras já contadas em uma vida que pode ter sido inventada por alguém sem muito o que fazer...

Thursday, March 24, 2011

Da arte de viver sem arte


O pão, sem circo. O quadro, negro. Ao cair do pano, abusos.

Mas por quê?

O teatro do cotidiano, a arte de sobreviver ao tédio, o fodidamente fabuloso freakshow da realidade crua e bem vestida. Tudo em doses homeopáticas pra matar elefante.

Eu não sei se é possível explicar o tão explicável, ou decifrar esse óbvio intrigante, mas isso não quer dizer que não possamos desistir sem nem ao menos tentar. Corra, o metrô pra maravilhosa terra do porra nenhuma sai às 5, ainda da tempo calçar os sapatos e por um cachecol. Mande lembranças, e esqueça o resto, era tudo piada mesmo. E das mais hilariantementes sem graça.

Gracias...

Wednesday, September 22, 2010

Aliás, foi meio sem querer que tudo acabou acontecendo. Ou não. Não aconteceu, talvez. Se a cada dia você lamenta a noite anterior, melhor mudar as noites ou deixar de lamentar?

As pessoas vivem de clichês, sempre a espera do final feliz, quando deveriam perceber que, mesmo feliz, é o fim. Eu prefiro sempre os meios, os desencontros, as reviravoltas. Que o fim não chegue tão logo, feliz ou não.

Hoje o maior desafio é aprender a conviver com meus medos. E tenho muitos. O maior, talvez, seja o medo de encarar a mim mesmo, e ser sincero a respeito das minhas mentiras. Ou pior, das minhas verdades.

Abraço as palavras, então. E sigo ao sabor da corrente...

Monday, September 20, 2010

Mais do mesmo...

E se eu te disser que voltei agora por tédio? Ou por raiva? Pior: Por nada...

Desabafar é preciso, viver, não é preciso.

As pessoas, com o passar dos anos, parecem piorar. Eu, então, nem me falo. Que triste. Ou não.

Muito a falar, mais ainda a esconder. Segue o jogo. Muita gente anda toma como mentira cada verdade que conto aqui. Ou vice-versos.

Mais um ano quase no fim, mais um humor quase ruim.

Me salva, Dona?

Friday, December 26, 2008

Mais uma dose, é claro que eu tou a fim...

A noite nunca tem fim...
Mais uma vez a madrugada canta seu coral de carros, gritos, grilos e outros tantos bichos, e eu, bêbado, tento fazer parte do nada geral. É como um drama de cinema mudo, onde há tanto o que falar e tão poucas palavras.
Percebam então o faz-de-conta que é querer ser real.
Ontem revi uma amiga que não via há tempos, e ela me pareceu chata e entediante. Hoje, mais uma vez, esperei por uma moça que não veio. Esse uisque sem gelo é intragável, e eu sigo tomando, sigo pensando, ou tentando, no meio dessas nuvens.
Amanhã tenho coisas pra fazer, e com certeza não farei. Mas vou comer, tomar banho, me masturbar, beber, dormir.
Quando a rotina deixa de parecer rotina é porque não há mais nada a tentar.
Talvez andar de salto alto numa escada rolante.
Ainda bem que esse ano está no fim, o que quer dizer que terei no mínimo seis meses do ano que vem pra tentar fazer alguma coisa, e no mínimo outros seis pra lamentar novamente o porra nenhuma que alcancei...

Wednesday, December 03, 2008

Ah, minha Bella...


A Bella voltou.
Com ela, um sorriso, e aquela velha infância tão gostosa.
Engraçado como ela me lembra um sonho, em roupa de gente.
Azeda, mas um doce, como na música.
Ela cuida de mim, me atura e me puxa a orelha.
Ela me conta suas loucuras, e se espanta com as minhas.
Ela me encanta, contínuamente, e continua, no meu caminho, na minha mente, no meu olhar e no meu coração peludo.
Uma pin up, bailarina, fada flutuante, moça do calendário, musa de pintor, dama da noite, santa no andor. Uma beleza.
Bem vinda de volta, Bella, teu anjo sorri...

Monday, May 12, 2008

E agora?




Há séculos não escrevia nada aqui, até que hoje, em meio a doses de cachaça e bom papo com a Alê, amiga maravilhosa, resolvi revisitar estas mentiras.




O que mudou? Nada. Continuo mentindo pra viver, vivendo pra distorcer verdades e sentindo tudo com a boca do estômago.


Ganhei uns trocados, perdi outros tantos, viajei, amei e desamei, fiz inimigos e desafetos, com uma lentidão característica. Aprendi que não consigo mais aprender nada, cabeça dura e estúpido que sou, e tirei uma valiosa lição disso. Descobri que o tempo cura alguma feridas e transforma outras em gangrenas purulentas. Fui comprar cigarros e não voltei. Escrevi duas músicas que ninguém gravou e alguns poemas que nem eu li. Conheci a pessoa mais interessante do mundo e percebi que sou a pessoa mais desinteressante do mundo.


Morri, mas estou bem.




Bem vindo de volta, idiota, o filho imbecil à casa torna...




Alê, grato por você ser você...


Wednesday, September 12, 2007

Quase nunca quase sempre é quase nada...

Às vezes fico pensando (dói, mas é só às vezes) no quanto perdemos tempo pensando. Uma viagem, uma declaração, um sim, um não, muitas coisas que poderiam mudar nossa vida, e que deixamos de fazer porque paramos pra pensar. Ainda dizem que ser racional é nossa vantagem sobre os outros animais...

Amigos vão, voltam, casam, morrem. O trabalho nunca muda, embora nunca seja sempre o mesmo. Amores, meu deus, o que são??

Minha revista segue bem, site, tirinha diária, coluna e tudo mais. Revistas em quadrinhos e pornografia barata, sexo, drogas e rock'n'roll, não necessariamente nessa mesma ordem. Daqui a pouco estarei como a Britney, gordo, bêbado e dançando de biquini como se fosse um zumbi.

"Se lembra quando a gente, chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que pra sempre sempre acaba...?"